Aprendendo a viver da fé
Aprendendo a viver da fé
Hoje é muito comum as pessoas se aplicarem a exercícios físicos. Elas vão às academias, praticam natação, fazem caminhada, corrida, musculação. As pessoas se aplicam... E o segredo está em se aplicar aos exercícios. Quem pratica consegue. Os que não persistem ficam para trás.
O Senhor está levando Seus valentes guerreiros, aqueles que Ele quer formar para a Sua tropa de elite, para sua “academia”. Aí Ele quer formá-los; e o ponto de partida é um sólido treinamento na fé. Nós, devido ao pecado original, queremos sempre ser os primeiros. O primeiro, porém, deve ser Deus; sempre Deus; unicamente Deus. Ele é o primeiro, Ele precisa ser o único.
De maneira muito concreta, Jesus era o primeiro na vida de José. Em segundo lugar estavam os outros, dentre os quais Maria era a primeira. Ele era sempre o terceiro, ou melhor: o último. José era sempre o último.
O que ele passou não foi fácil. Deus exigiu mais fé de José do que da Maria. A ela, um anjo apareceu comunicando a mensagem, ela pôde até mesmo questioná-lo. Com José não foi dessa forma: ele não viu nem conversou com o anjo; ele precisou acreditar.
Para que você entenda o quanto esse grande homem de Deus foi treinado na fé, para ser o servo fiel e justo de que Deus precisava, eu lhe explico o seguinte: O casamento entre os judeus era realizado em duas etapas: a primeira era o noivado. Eles já eram casados e apenas aguardavam o momento de poder conviver na mesma casa (a segunda etapa). José e Maria estavam na fase do noivado. Ele preparava a casa e ela, o enxoval.
Foi nesse tempo que Maria explicou a José a necessidade de ir à casa de Isabel, pois sua prima se achava grávida e em idade avançada. E então partiu, ficando lá alguns meses. Mas quando voltou... ela trazia sinais evidentes de gravidez. José não era tolo! Apesar de a tradição pintá-lo como um “velhinho”, ele era jovem, como qualquer rapaz daquela época. Ele estava se preparando para o casamento.
José viu Maria “naquele” estado. Sabia que o filho não era seu. Vários pensamentos podem ter invadido sua mente: “De quem seria? O que teria acontecido? Foi na viagem? Foi na região? Na casa de Zacarias? Ou Maria inventou a viagem para casa de Isabel porque já estava grávida de alguém? Então, a traição era dupla!” Para ele, aquilo foi muito difícil porque, embora a cabeça “estivesse a mil”, o coração confiava na noiva.
Sendo um homem justo e não querendo difamá-la publicamente, José resolveu repudiá-la secretamente, como a lei mandava: um homem não podia se casar com uma adúltera; era contra a lei.
Veja bem: Ele era o traído. Maria não lhe disse nada do que havia acontecido. Mesmo assim, ele queria agir com bondade. Teria de cumprir a lei, mas com extrema misericórdia.
Precisamos de um coração bom como o de José. Nosso coração é muito mau. Pensamos de maneira maldosa e não aguentamos sequer a ideia de ser traídos. Tudo o que ele pôde fazer como homem justo foi repudiá-la, mas secretamente, para não difamá-la.
Quando desejamos ser bons, Deus entra em ação; Ele é o oposto do mal. Portanto, se há maldade em nós, somos o oposto de Deus. Enquanto estivermos persistindo no mal, Ele não terá como se aproximar de nós.
José, graças a Deus, tinha a cabeça e o coração bons!
E se você, homem, vivesse hoje a situação de José? Imagine depois de tudo quase pronto para o casamento, sua noiva aparecer grávida! E você sabe que o filho não é seu! Em sonho um anjo lhe diz para não ter medo e se casar com ela, porque o que nela foi concebido é obra do Espírito Santo! Eu pergunto: você acreditaria?
A cabeça e o coração de José eram bons! Por causa disso, Deus podia agir nele. Revelou Seu mistério em sonho, e José, por ser dócil, acreditou. Assim a graça aconteceu.
Quando agimos com o coração cheio de maldade, esterilizamos a ação de Deus!
A partir dessa revelação, a vida desse grande santo mudou. Ele acordou e, naquela mesma noite, foi preparando tudo para buscar Maria assim que o dia despontasse. Dali para a frente, ele não mais viveu para si, mas para a Virgem Maria e para o Menino a quem ela concebera por obra do Espírito Santo. José se torna um homem de fé: ele baseia tudo na fé. Ele se chama “o justo” porque acreditou.
É assim que Deus precisa treinar você. Quanto maior é a missão que Deus quer confiar a você, tanto mais difíceis precisam ser os exercícios de treinamento.
Não se perturbe: você não sabe para onde Deus quer levá-lo; para qual missão Ele o está preparando. Aguenta firme, meu irmão! Aguenta firme, minha irmã! O Senhor está treinando você. Ele está provando sua fé. Ele precisa fazer com você mais do que Ele fez com Seu pai adotivo, São José.